Se há uma regra gravada na cultura das redes digitais e seguida por quase todos os seus usuários é: deu unfollow, ganhou unfollow. Ou seja, se você não me segue mais, a reciprocidade será verdadeira.

 

Como as redes sociais são também um antro de passividade agressiva, ninguém pensa em confrontar os “desseguidor” sobre o motivo de sua desistência. A verdade é que, quando o Twitter e depois o Instagram surgiram, a etiqueta dizia que usuários e marcas deveriam seguir seus fãs de volta — mesmo que educação. O que criou timelines cheias de conteúdo que nem sempre fazia sentido com o usuário.

 

Com o tempo, Facebook e Twitter passaram a permitir que as contas seguissem outras, mas não precisassem receber suas notificações. Ou seja: você se tornava um seguidor de aparências, mantinha o número sem necessariamente receber postagens indesejadas.

 

Mais recentemente o Instagram entrou na mesma onda de lançar uma função silenciar.

 

Instagram lança opção de silenciar seguidores

 

Como o nome “Mute Posts”, a nova funcionalidade do Instagram permite retirar os posts do usuário escolhido da sua própria timeline. Embora a conta silenciada não apareça mais no feed, a pessoa ainda é notificada se for marcada em comentários e publicações — diferentemente de um bloqueio de perfil, por exemplo. Quem é ocultado, não sabe que recebeu esse “gelinho” do seu “amigo”.

 

Por que essa função é valiosa? Porque pessoas e marcas querem poder manter seus números sem necessariamente serem inundadas por conteúdo indesejado. Uma estratégia muito comum entre pessoas e marcas que querem conseguir seguidores rapidamente é a de curtir diversos perfis populares e dessegui-los no momento em que recebem uma curtida de volta.

 

Isso nada mais é do que um resquício da mentalidade de o que importa mesmo é um número lustroso de seguidores para mostrar que uma marca é realmente reconhecida ou que uma pessoa se tornou uma influenciadora. E isso não é verdade.

 

Na hora de mostrar um relatório de resultados — seja de uma campanha com um influenciador ou das atividades rotineiras de uma empresa dentro dessas redes — o que conta mesmo são os números de pessoas que foram impactadas, de interações, de engajamento e principalmente de clientes em potencial que entraram e contato com a marca em busca de conhecê-la melhor.

 

Além do mais, fica cada vez mais visível para o público em geral o número de marcas e pessoas que têm muitos seguidores, mas uma taxa de engajamento muito baixa. Portanto ficam aqui algumas lições:

 

– Sua empresa não precisa seguir de volta cada um dos seus seguidores, mas seria bom avaliar aqueles que podem oferecer conteúdo que ajuda na sua curadoria geral;

– Você não precisa “seguir de volta”, mas interagir, responder a perguntas e interações são ações muito importantes para mostrar que você se importa;

– Não há problema nenhum em deixar de seguir e, mais pra frente, voltar ser fã de uma conta em uma rede social se a qualidade do conteúdo dela mudar.

 

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