Nós explicamos:
– Os número de usuários ativos da rede continua crescendo em taxas pequenas — geralmente 5% — deixando o Twitter atrás de Facebook, Instagram e até LinkedIn;
– Twitter ainda luta para descobrir a forma correta de monetizar sua rede — seu faturamento em publicidade caiu de US$ 535 milhões no segundo trimestre de 2016 para US$ 489 no segundo trimestre de 2017;
– As ações da empresa continuam caindo.
Toda essa instabilidade faz com que muitos especialistas especulem para a possível venda da rede ainda em 2018. Não podemos negar que o Twitter está tentando de tudo para se reinventar e se tornar relevante novamente, mas muitos ainda acham que são mudanças insignificantes.
Veja algumas das modificações que o Twitter fez em 2017:
Política contra conteúdo abusivo
Até março de 2017, o Twitter vinha sofrendo duras críticas quanto a sua falta de posição contra comportamentos abusivos e tóxicos dentro da sua própria rede. Todo mundo sabe como o cyberbullying e discurso de ódio se proliferam facilmente no Twitter.
O Twitter começou então lançar novas funcionalidades que permitem uma navegação mais segura, facilitam as denúncias contra usuários que infringem sua política contra abusos e discurso de ódio e que bloqueiam conteúdos que desagradam o usuário.
Desde 2017 é possível:
– Filtrar notificações;
– Colocar uma conta, palavras-chave ou frases no “mudo”, para que esses conteúdos não apareçam em sua timeline;
– Usuários podem receber notificações toda vez que o Twitter intervém em alguma conta que vai contra sua política de publicação;
– Usuários podem ser colocados “de castigo”, sem acesso a seus perfis, enquanto o Twitter averigua acusações e denúncias;
– Pesquisa segura sem conteúdo abusivo;
– Twitter está trabalhando em seu algoritmo para “esconder” conteúdo que seja potencialmente ofensivo;
– A rede social também está se prevenindo para não deixar que usuários expulsos criem novas contas.
Mensagens diretas para todos
Em maio de 2017 o Twitter permitiu que os usuários que deixam suas contas aptas a receber mensagens diretas as recebessem também de qualquer usuário — mesmo aqueles que o usuário não seguia.
A grande diferença é que essas mensagens vão para uma caixa de entrada separada, a de Requests, e o usuário só lê se aprová-la. Essa foi uma forma do Twitter evitar que usuários recebam conteúdo indesejado.
Novo design
O Twitter passou por algumas mudanças no seu design — e por um momento parecia que toda vez que você abria essa rede no seu celular ou navegador, alguma coisa tinha mudado novamente. Essas mudanças incluem:
– As fotos de perfil ficaram redondas;
– O número de retuítes e curtidas agora são atualizados ao vivo;
– As fontes mudaram;
– No app móvel há um novo menu mais detalhado quando você clica na sua foto do perfil;
– A aba Explore agora reúne a funcionalidade Momentos e os Trending Topics;
– Os tuítes com fotos agora são mostrados por completo quando você clica neles, incluindo o texto.
Tudo isso e o Twitter ainda não lançou um botão para editar um tuíte já postado…
280 caracteres
Em novembro, o Twitter anunciou sua mudança mais chocante: o tamanho máximo de seus tuítes dobrava, passando para 280 caracteres. Isso foi uma mudança testada e, apesar de muitos usuários reclamarem que a rede estava se distanciando de sua ideia original, os resultado mostraram algo diferente.
De acordo com o próprio Twitter, apenas 5% dos tuítes enviados pelas pessoas que participaram dos testes passavam dos 140 caracteres originais; apenas 2% passavam de 190 caracteres.
Apesar de tudo isso, o Twitter continua em busca de um novo propósito no meio de redes que começaram a aglutinar diversas funções no mesmo lugar. Muitos usuários acreditam que a maior pergunta que a rede deve se perguntar é: como fazer com que o conteúdo produzido pelos meus usuários e marcas realmente seja de qualidade e realmente se destaque?
Vamos ver se o Twitter descobre respostas para essa pergunta em 2018…