Quem diria que, em 2018, uma das armas de destruição em massa que mais preocupariam governos, populações e até marcas seriam as notícias? Uma ferramenta criada em teoria para informar seus consumidores, elas agora sempre levantam uma pergunta muito importante: será que isso é verdade? Nunca foi tão importante se proteger da indústria das fake news.
Claro que esse questionamento deveria estar em nosso repertório toda vez que consumimos qualquer pedaço de informação, mas as redes sociais e a internet nos acostumaram a acreditar em tudo que é compartilhado, como se elas tivessem um controle de qualidade, restrições e leis que proíbam matérias e artigos maliciosamente construídos para moldar nosso pensamento e ações. Mas adivinhem: isso não existe.
Com o escândalo da Cambridge Analytica e Facebook, ficou evidente que com grandes quantidades de dados vêm uma grande quantidade de golpes para manipular usuários. E esse caso foi apenas um de muitos que começam a ser desenterrados.
A empresa de tecnologia da informação Trend Micro lançou recentemente uma pesquisa intitulada The Fake News Machine (A Máquina de Notícias Falsas). Eles foram atrás de sites em inglês que cobravam para fazer campanhas visadas a influenciar a opinião digital de determinados grupos. Foram 30 sites (10 russos, 10 chineses, cinco americanos, dois indianos, dois árabes e um peruano). Eles cobram orçamentos de US$ 2,6 mil a US$ 400 mil para tentar influenciar o processo de decisão dos usuários.
“É um mercado que já está consolidado”, afirma André Alves, consultor da Trend Micro em entrevista para a ISTOÉ Dinheiro. “Há toda uma rede de robôs que ajudam a elevar a reputação de um site ou uma empresa, colocando suas páginas ou aplicativos em posições melhores, seja no Google, ou na Apple Store.”
Uma campanha para manipular a opinião pública sobre um assunto custaria US$ 200 mil, por exemplo, e envolveria a criação e disseminação de um conteúdo falso em diferentes meios digitais.
Mas por que minha empresa deveria se preocupar com as notícias falsas?
Você deveria se preocupar com notícias, falsas porque elas moldam o comportamento de diferentes pessoas, inclusive os seus clientes e consumidores em potencial. Atualmente vemos casos de marcas sendo afetadas por correntes de mensagens e posts falando sobre falhas nos seus produtos — como o caso do queijo parmesão da Krafts Foods, que foi acusado de conter uma grande quantidade de celulose — ou mesmo acusações de atos antiéticos — como com a Coca-Cola e a falsa aquisição do aquífero Guarani.
Podemos resumir o mal que uma notícia falsa pode fazer a sua empresa em cinco pontos principais:
- Pode ser um ataque direto a reputação da marca, causando queda nas vendas, opiniões negativas e uma verdadeira crise midiática;
- Você, como empresa, pode inadvertidamente compartilhar um conteúdo falso e assim prejudicar a credibilidade do seu trabalho;
- Sua comunicação e publicidade começam a ser questionadas o tempo todo, agora que consumidores passam a confiar menos na sua empresa;
- Você pode anunciar ou colaborar com sites que depois são desmascarados ou reconhecidos como produtores e compartilhadores de notícias falsas;
- Você pode tomar decisões erradas baseadas em dados e informações vindas de notícias falsas.
Para evitar isso, você precisa de uma equipe de monitoramento e comunicação afiada, pronta para sempre desconfiar e verificar informações antes de tomar ações precipitadas. Criar uma visão crítica sobre o que anda sendo compartilhado na internet e meios digitais nunca foi tão importante para a preservação da reputação da sua empresa.
Quer entender como notícias falsas podem afetar o seu caso particular ou como montar uma estratégia de monitoramento? Entre em contato com um dos nossos consultores e teremos o prazer de ajudar.