A justificativa para isso sempre fez parte do discurso do seu fundador, Mark Zuckerberg: criar mais interações importantes e significativas entre os usuários, pessoas, com vidas de verdade, memórias e sentimentos. E os vídeos entraram nessa nova mudança, porque o Facebook percebeu que eles eram o tipo de conteúdo que menos gerava interações entre os usuários.
Mas se você começou a ler esse texto, está mais preocupado em saber a resposta de R$ 1 milhão de reais — que você provavelmente investiria em conteúdo pago certo? E essa pergunta é:
O que a nova política do Facebook afeta a vida das empresas?
Primeiro, o alcance orgânico do conteúdo compartilhado pelas marcas irá diminuir consideravelmente, mas ainda fará parte do ecossistema do Facebook. A diferença é que ele priorizará não o conteúdo mais consumido diretamente da página, mas aquele que está sendo mais comentado e compartilhado entre os amigos e contatos do usuário.
O Facebook quer dar mais atenção àqueles conteúdos que vão ser realmente informativos e consequentemente lidos, comentados, irão gerar comentários e serão mais que caça-cliques, evitando também aqueles que contenham algo inapropriado — como nudez. E para isso irá analisar os seguintes aspectos:
- A frequência de postagem da pessoa ou página
- Qualquer feedback negativo que tenha recebido anteriormente
- Engajamento das pessoas nos posts
- Tempo gasto em cada conteúdo
- Quando o post foi feito
- Amigos tagueados
- Comentários recentes dos amigos
- Formato do conteúdo
- Quão completa é a página
- E quão informativo é o post
Ou seja, marcas, para continuar aparecendo na tela de seus fãs, precisarão criar não apenas conteúdo de qualidade, mas aquele que gere discussões, que motive os usuários a comentarem, refletirem… as interações, por sinal, precisam ter significado — “kkkk”, “que louco”, “seria meu sonho?”, não são exemplos de comentários significativos.
Segundo o Facebook, a rede começará a dar espaço para mais posts de amigos e família, aqueles posts que buscam conselhos e recomendações e artigos e vídeos que estimulam a discussão e interação. As discussões dentro de grupos da rede começarão a ganhar mais relevância também, já que as pessoas costumam se engajar mais abertamente neles.
Por enquanto, anúncios pagos dentro da rede não sofrerão com essa nova política — mas isso pode mudar.
Como toda mudança no algoritmo, marketeiros e veículos de publicação já estão preocupados e mostrando seu descontentamento — a Folha de São Paulo já anunciou, por exemplo, que deixará de publicar links para suas matérias no Facebook.
Em um outro artigo, falamos sobre alguns erros do jornalismo na produção de conteúdo que podem servir de lição para marketeiros, e esse momento é mais um daqueles em que todos precisam começar a refletir sobre como causar impacto com conteúdo de qualidade.
O fato de o YouTube ter mudado sua política de anunciantes para seus criadores e agora o Facebook pondo em xeque seus vídeos, mostra que esse formato de conteúdo chegou a um ponto de saturação e homogeneização de temas e qualidade que merecia uma chacoalhada para as pessoas voltarem a ser criativas de verdade.
Marketeiros e produtores de conteúdo — e aqui incluímos nossos amigos jornalistas — precisam estar sempre em busca do novo, de temas e formatos criativos, e momentos assim são ótimos testes.
Não sabe lidar com essa mudança? Está se sentindo desamparado? Perdido? Entre em contato com B-Young e podemos te ajudar a entender melhor o que sua empresa pode oferecer de conteúdo criativo e de qualidade.