Muitos podem dizer que o curto é o novo longo, pelo menos quando o assunto é vídeo. Principalmente se você considerar o sucesso do formato stories do Instagram — que agora está disponível em praticamente todas as redes e apps —, a ascensão do Snapchat e o surgimento e explosivo crescimento do TikTok — são mais de 9,6 milhões de vídeos ao mês, mais de 1,9 bilhões de visualizações mensais, 31 minutos de permanência diária e um em cada 4 usuários também produz conteúdo só no Brasil. E agora esse universo está prestes a ganhar um novo jogador com o Quibi. Mas o que é o Quibi?

Como você já deve ter adivinhado, o Quibi é uma plataforma de streaming de vídeos curtos feitos para smartphone que, por sinal, já angariou grandes nomes para suas produções antes mesmo de ser lançado em 2020. Seu nome vem da junção das palavras quick e bites — pequenas mordidas — e exibirá seriados com episódios entre 7 e 10 minutos.

Ele foi fundado por Margaret Whitman, ex-CEO do eBay, e Jeffrey Katzenberg, ex-Ceo da DreamWorks Animation. Segundo comunicado oficial da companhia, ela já levantou mais de US$ 1 bilhão em investimentos de nomes como Disney, 21st Century Fox, NBCUniversal, Sony, Viacom e WarnerMedia, além de outras grandes empresas digitais como Alibaba.

Qual o diferencial do Quibi?

Diferentemente do Instagram, Snapchat e TikTok, o Quibi não será uma plataforma de produção de conteúdo digital; e ao contrário de outros serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime, ele nasceu para viver dentro apenas dos smartphones e para se aproveitar daqueles momentos cotidianos nos quais temos apenas alguns minutos para gastar: viagens de transporte público, a espera pela consulta médica ou embarque em um voo, enquanto aguardamos um pedido ficar pronto e por aí vai.

O formato e as ocasiões irão estimular a criatividade de nomes importantes do cinema como Steven Spielberg, Guilhermo del Toro, Sam Raimi e Catherine Hardwicke que já estão a bordo na plataforma.

No seu lançamento, previsto para 6 de abril 2020, o Quibi oferecerá uma assinatura-teste de 14 dias e terá 8 produções consideradas premium — que eles apostam serem a Orange is The New Black ou Handmaid’s Tale da plataforma. Depois disso, serão outras 26 produçòes originais, sempre disponibilizadas às segundas-feiras.

Por fim, o Quibi deve estrear com dois planos, um de US$ 4,99 com anúncios de 10 segundos para vídeos com menos de 5 minutos e 15 segundo para aqueles com entre 5 e 10 minutos; e um outro livre de publicidade por US$ 7,99.

Quais são os desafios do Quibi?

Como ele não tem uma pretensão de ser uma plataforma de conteúdo social e fugaz, alguns dos grandes desafios do Quibi são:

– Usar seu meio e formato — vídeos curtos para smartphone — para criar um conteúdo criativo, seja para o gênero documental e informativo e principalmente na ficção;

– Fazer com que suas produções sejam impactantes o suficiente para permanecer na memória do público e incentivar o boca a boca, como as produções da Netflix e Amazon Prime são capazes de fazer. Afinal, os momentos nos quais serão consumidos podem influenciar o quão rápido as pessoas se esquecerão dos episódios do Quibi;

– Como monetizar e sustentar a plataforma e sua produções. Afinal, se gigantes como Netflix e Apple TV já estão enfrentando dificuldades em lucrar, imagine para uma novata que conta apenas com anúncios de 10 e 15 segundos e assinaturas de menos de 10 dólares…

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