Enfrentar opositores e opiniões negativas na internet não é uma tarefa fácil para nenhuma marca. Você pode ser atingido de todos os lados, até daqueles que menos espera, e muitas vezes sua empresa pode “cair”… e a única coisa que você pode fazer é levantar. Exatamente como a Capitã Marvel. Para quem assistiu ao novo filme da Marvel Studios com Disney, tudo o que escrevemos aqui vai parecer familiar — não vamos dar spoilers, nós prometemos —, mas para quem acompanhou o processo de divulgação do longa, vai parecer ainda mais.

Tudo começou antes mesmo do filme ser lançado e quando apenas rumores surgiram na internet sobre possível trama, a importância do filme como o primeiro liderado por uma super-heroína da Marvel, os questionamento sobre qual seria o uniforme e cabelo de Carol Danvers (a Capitã Marvel) e sobre a escalação da atriz principal. Como em Mulher-Maravilha, da DC Comics, a escolha da protagonista, nesse caso a da ganhadora do Oscar Brie Larson, já foi o suficiente para levantar diversas opiniões contrárias.

As pessoas falavam desde a falta de “curvas” até o fato de ela sorrir pouco nas primeiras imagens do longa que foram divulgadas. Quando Brie deu suas primeiras entrevistas, as opiniões contrárias se amontoaram para em torno do tom feminista da mensagem, das mudanças feitas para trazer uma imagem feminina ainda mais forte e um filme mais diverso.

Mas diferente de outras empresas que, ao ver milhões em investimento correrem o risco de serem desperdiçados por uma represália negativa, a Disney, dona da Marvel Studios, fez o contrário: ela lutou. E lutou como uma garota. Lutou como a Capitã Marvel.

Como a Disney lutou contra as opiniões negativas sobre a Capitã  Marvel 

O primeiro passo e talvez o mais simples foi analisar essas opiniões que começaram a pipocar na internet e verificar se elas vinham realmente das pessoas que importavam para o Estúdio. Ele era o público-alvo do filme? Da personagem?  Da sua mensagem?

Vamos deixar claro que o filme ainda não havia nem sido lançado! Ao vasculhar essa multidão de mensagens negativas sobre o filme, a Disney conseguiu perceber que muitas dessas pessoas eram “trolls” ou detratores da Capitã Marvel, da atriz Brie Larson ou da mensagem feminista e sobre diversidade que o filme queria passar.

Ou seja, indivíduos que não eram o foco da marca e não mudariam de opinião mesmo que ela tentasse o seu melhor. Isso era visível, por exemplo, nas resenhas negativas que estavam aparecendo em sites de críticas colaborativas como Rotten Tomatoes antes mesmo do longa sair.

Em vez disso, a Disney começou a compartilhar conteúdo daquele público que realmente estava interessado na chegada da Capitã: mensagens positivas de fãs — principalmente de garotas e mulheres que iriam se ver representadas em uma heroína incrivelmente forte; fan arts; interações do elenco e conteúdo produzido pela protagonista Brie Larson; criou campanhas de engajamento como a #goosethecat que usou a gata do filme Goose, para estimular fãs a compartilharem fotos com seus bichanos em troca de doações para  instituições de proteção animal e mais!

Em crises como essa, dificilmente uma marca será escutada quando a opinião negativa se espalha como um incêndio. E é por isso que é bom contar com os seus verdadeiros defensores. Ao compartilhar o conteúdo e opiniões dessas pessoas, a Disney mostrou o que era realmente verdade sobre as expectativas em relação ao filme Capitã Marvel e o que eram trolls querendo espalhar negatividade.

A Capitã Marvel nos ensina alguns pontos importantes para lidar com opiniões negativas contra empresas na internet:

  • sempre escute o que as pessoas estão falando sobre sua marca;
  • saiba diferenciar o que são opiniões válidas e apenas negatividade infundada;
  • interaja com seus defensores de marca e deixe que eles sejam os porta-vozes da sua empresa;
  • reconheça o apoio dessas pessoas.

E o filme Capitã Marvel? Em menos de um mês ele arrecadou US$ 1 bilhão globalmente, se tornando o 10° maior filme de super-heróis de todo o tempo! E promete bater novos recordes.