O marketing do Burger King está mudando a jornada dos clientes da concorrência, criticando governos e conquistando a ira de consumidores mais conservadores. Tudo isso com muita criatividade e posicionamento! Nos últimos anos a rede de fast food ficou conhecida por campanhas irreverentes e extremamente contextuais, se inserindo nas principais discussões digitais, aumentando, assim, sua relevância.

E não é só isso. Toda essa irreverência e disposição para se arriscar está se convertendo em resultados financeiros. No ano passado, só nos EUA, as vendas de cada loja cresceram 1,7%, e o número de unidades subiu 6%. Já o Burger King Brasil chegou a um lucro 283% maior no 4º trimestre de 2018 em relação a 2017. Nesse quarto trimestre, o gasto da marca com marketing cresceu em 72,6%, chegando a R$ 65 milhões.

Por fim, há um reconhecimento do mercado de que a rede de fast food está na vanguarda do marketing. Fernando Machado, brasileiro e CMO — vulgo, chefão do marketing — do Burger King foi escolhido como uma das 100 pessoas mais criativas de 2019 pela Fast Company, renomada publicação americana sobre negócios. “Nós não somos a maior marca do mercado, então tudo que fazemos precisa contar”, diz o executivo em entrevista para a revista.
 

O que o marketing do Burger King está fazendo?

Vamos agora analisar alguns dos pontos fortes do marketing atual do Burger King para que sirvam de inspiração para sua empresa — mesmo que seja apenas para ficar atualizado nas mais inovadoras ações do mercado.

 

  1. Rápido e contextual

O marketing do Burger King é reconhecido por sempre está conectado com o que está acontecendo no mundo. As pessoas começam a discutir a legalização da maconha no Brasil, a rede lança um comercial com um rapaz aparentemente com aquela “larica pós-baseado”; novas formas de relacionamento começam a ser discutidas e quem vira protagonista é um “trisal” — um casal formado por três pessoas; e muito mais.

 

  1. O uso da tecnologia

O Burger King está na vanguarda do uso de tecnologia no marketing. Nos Estados Unidos, criou uma campanha viral chamada Whopper Detour: para participar o usuário precisava baixar o app da rede, chegar próximo de uma unidade da rival McDonald’s e poderia pedir um Whopper — hambúrguer-assinatura do Burger King — por apenas 1 centavo e buscá-lo na unidade mais próxima. No Brasil, a rede usou realidade aumentada para fazer seus clientes “queimarem” os anúncios das concorrentes, em uma campanha gamificada que fez bastante sucesso.

Veja o vídeo:

 

  1. Posicionamento significativo

Talvez o que tenha mais impressionado nos últimos anos é a disposição da rede de se posicionar sobre assuntos importantes em diversos países. No Brasil, o Burger King já lançou uma campanha para conscientizar as pessoas sobre o voto em branco — chamada Whopper em Branco.

Veja o vídeo:

Também lançou diversas campanhas sobre a diversidade, patrocinou a recente parada LGBTQ+ de São Paulo e até encarou o atual presidente ao convocar os atores de um comercial de banco que foi rejeitado por ser diverso demais. A “alfinetada” viralizou em redes como Twitter, gerando uma resposta massiva, incluindo um movimento de grupos conservadores para boicotar a rede. Ariel Grunkraut, diretor de marketing e vendas do Burger King Brasil, garantiu que “a grande maioria entendeu a nossa campanha e se mostrou favorável ao nosso posicionamento”.

 

  1. União entre inovação e tradição

O Burger King é bastante conhecida e ainda assim pensa sempre em unir todo o imaginário que gravita em torno da marca com ideias diferentes. No Super Bowl de 2019, a rede lançou um comercial de 45 segundos com o artista Andy Wahrol comendo um Whopper — as imagens faziam parte do filme 66 Scenes from America (“66 Cenas da América”). Só isso fez com que a marca fosse a mais pesquisada durante a final do futebol americano. Veja o vídeo completo aqui!

E você? O que tem achado das novas campanhas e estratégia do Burger King.
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