Cada vez mais, quem produz conteúdo para a web e planeja estratégias de marketing nas redes sociais, busca falar a língua do seu público-alvo para se aproximar dele. Deus fez universo. Zuck fez o Facebook. A internet, o meme.
Mas o que é um meme? (Segura esse forninho…)
Esse conceito foi cunhado em 1976, por Richard Dawkins. Basicamente, meme é ‘uma unidade de informação que se multiplica de cérebro em cérebro ou entre locais onde a informação é armazenada’, como a internet e seus diversos ambientes, por exemplo.
ATA!
Pra nós, meme é tudo que viraliza e que podemos fazer graça. É o forninho que caiu, a moça que escorregou, a mônica irônica…
A problematização começa quando marcas se apropriam desse tipo de conteúdo para criar algo exclusivo para elas mesmas.
Enquanto os memes são utilizados como ferramentas de humor ou sem caráter publicitário, os riscos das pessoas retratadas ou dos autores de obras reclamarem é baixo, mas na dúvida, melhor não utilizar.
Entretanto, quando o meme é coletado e alterado para utilização publicitária, seja para promover uma marca, uma empresa, um produto ou serviço específico, ele deixa de ser um conteúdo coletivo e passa a ser um anúncio. E para fazer um anúncio é necessário obter autorização de quem vai aparecer nele ou do titular cuja obra será utilizada.
“O portal R7, da Record, divulgou, um tempo atrás, um especial do Dia dos Pais, agregando imagens do que chamou de “Top 50 esquisitices”. No meio delas, a foto de um casal esperando um filho, com piadas sobre a aparência do pai, que “pareceria um psicopata”. Eles não gostaram, e venceram, dias atrás, um processo contra o portal, que terá de indenizar-lhes em R$ 10 mil por danos morais e violação de direito à imagem.”
~A INTERNET NÃO É TERRA DE NINGUÉM! ~
As marcas (e principalmente as agências que cuidam da presença online dessas marcas), precisam ter um pouco de cautela e principalmente bom senso, na hora de se apropriar do que é a “cultura da web”.
* Nem todo meme se encaixa com o perfil do cliente – mas tem muita gente fazendo apenas por fazer.
** Nem todo meme atende ao público da página – mas tem muita gente querendo apenas alcance, likes e engajamento…
Muitos dizem que a marca precisa estar sintonizada com os assuntos abordados pelo público. Mas uma marca, que pertence à uma empresa, não tem a mesma liberdade e flexibilidade que uma pessoa física comum e anônima tem, justamente porque seus objetivos têm finalidade econômica.
Então marcas não podem usar nenhum meme? PODEM!
Quando não é possível obter a autorização ou mesmo quando isso não vale a pena devido às formas de utilização serem rápidas e breves, o ideal é que a marca se refira ao momento ou à situação, sem reproduzi-la diretamente. Querem exemplos?
Desde 2016 as lâmpadas incandescentes não são mais produzidas, sendo substituídas pelas lâmpadas fluorescentes e LED….
Publicado por AES Eletropaulo em Quinta, 12 de janeiro de 2017
Agora anota a receita do bolo pra criar bons memes sem problemas legais e crises com os usuários!
– Seja rápido!
Mandou para aprovação e o cliente só deu ok no dia seguinte? Não rola!
– Fuja da mesmice.
Não replique simplesmente postagens de outras páginas na sua. Adapte o meme à sua realidade.
– Não force!
Esse é o segredo para identificar se a zueira está passando dos limites. Deve ser divertido e natural.
– Não ofenda ninguém. (Pelamordedeus)
Identificar sempre a real origem do meme e nunca, jamais, em hipótese nenhuma utilizar imagens ou vídeos sem autorização do detentor dos direitos.
– Seja objetivo!
Tenha claro o que você quer capitalizar com o meme e como vai medir o resultado.
Mas antes de sair por ai caçando memes que possam engajar na sua marca, vale uma reflexão: “Sua estratégia comporta um meme?”.
Se ele estiver conectado com a estratégia da marca, ótimo. Se não estiver, desencana.
O mais importante: Vamos falar de resultados!
Qual era o objetivo com a piada?
Gerar tráfego? Comentários? Alcance?
Tenha em mente o que você quer medir e que resultado espera. Compare a efetividade com os outros conteúdos que você produz e julgue se vale mesmo a pena entrar na “brincadeira” da próxima vez.