Até mais ou menos 2000, o processo de anúncios online acontecia da mesma forma como nos veículos impressos, televisão e rádio: as empresas negociavam valores, tempo e especificações de cada campanha diretamente com o site.

 

Depois disso, surgiu o que chamamos de mídia programática, uma forma mais automatizada de oferta e compra de espaços publicitários na internet. Ela funciona em duas pontas: portais que disponibilizam os locais  destinados a propagandas e as agências e seus clientes que procuram os melhores sites para exibirem seu conteúdo.

 

A mídia programática trouxe uma outra grande facilidade além da automatização da procura e compra desses espaços, ela ajudou a direcionar melhor a propaganda ao público certo. As agências são capazes, então, de encontrar o espaço que será visualizado pelo público-alvo de seu serviço ou produto.

 

Isso tudo é possível pela quantidade de dados que são coletados por diferentes ferramentas analíticas, o que torna o trabalho das agências e marcas muito mais preciso.

 

Só para se ter uma ideia da crescente importância desse tipo de anúncio, a World Federation of Advertisers espera que o investimento em mídia programática passe de 11% para 28% do orçamento das empresas.

 

Como funciona a mídia programática?

 

Como falamos, temos os dois lados, o dos anunciantes e o dos sites que exibirão os anúncios, que são representados por dois programas diferentes e complementares:

– DSP (demand-side platform): ou plataforma do lado da demanda, no qual os anunciantes irão entrar para inserir suas demandas específicas por espaços, determinando o público-alvo que procura (gênero, idade, localização). Essa plataforma irá procurar na rede quais são os melhores portais para o pedido inserido e que se encaixem também no orçamento do anunciante.

– SSP (supply-side platform): ou plataforma para o lado do fornecedor, permite que os sites insiram os espaços disponíveis nos quais anunciantes podem inserir seus conteúdos.

Por meio dessas duas ferramentas, cada lado terá acesso às Ad Exchange, redes de leilão de mídias programáticas em que determinam os perfis da audiência que será atingida.

A forma de compra desses espaços é por meio de leilão, no qual o maior lance ganha o direito de publicar o anúncio. Os custos da compra variam, porém, de acordo com o objetivo: custo por View (CPV), Custo por Clique (CPC), Custo por Mil impressões (COM), Custo por Lead (CPL), Custo por Aquisição (CPA) e Custo por Download (CPD).

Por que sua empresa deve entender esse processo?

Entender esse processo de compra é importante por dois motivos: primeiro, sua empresa precisa conhecer ao máximo público-alvo e angariar o maior número de informações sobre ele para que os seus anúncios sejam direcionados de forma correta.

Segundo, sua empresa precisa escolher o objetivo certo para o seu orçamento para, assim, conseguir resultados. Uma compra de anúncio buscando lead (o contato de um cliente em potencial) geralmente é mais caro do que um voltado para cliques apenas. Então monte sua estratégia com consciência.

A parte de compra de mídia programática é bastante complexa e geralmente demanda a expertise de um profissional dedicado ou uma agência especializada. Mas o papel de recolher o maior número de informações deve ser iniciado e melhorado pela própria empresa.

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