A pandemia do novo coronavírusCoronavírus e o impacto nas redes sociais chegou mudando todas as nossas certezas. Estamos nos esforçando para nos adaptarmos a esse novo modo de viver e esperando por dias melhores, para que possamos retomar o mínimo do que antes era considerada normalidade. No meio desse furacão que trocou tudo de lugar, temos as redes sociais, que também viram seus números mudarem.
Na última semana de abril, Facebook e Twitter apresentaram os resultados financeiros do primeiro trimestre, que servem como um primeiro panorama de análise dos impactos da pandemia nos negócios das grandes redes sociais.
O que ficou bem claro com esses resultados foram as duas tendências que devem prevalecer nos próximos meses:
- O número de usuários das redes sociais tende a crescer durante o período de isolamento social
- Mas essa alta audiência não conseguirá deter a queda do faturamento publicitário.
O Facebook encerrou o primeiro trimestre com um faturamento de US$ 17,4 bilhões, um crescimento de 17% em comparação com os três primeiros meses de 2019, mas Mark Zuckerberg demonstrou pouco otimismo em relação ao futuro: “O impacto em nosso negócio tem sido significativo e continuo muito preocupado que a atual emergência de saúde e suas consequências econômicas, irão durar mais do que as pessoas estão prevendo atualmente”.
O número de pessoas conectadas diariamente aos seus aplicativos (Facebook, Instagram e WhatsApp), foi de 2,36 bilhões de usuários, em todo o mundo, o que representa um crescimento de 11% na comparação com o mesmo período do primeiro trimestre de 2019.
Com o aumento de usuários diários, o número de impressões publicitárias foi impulsionado, porque houve um maior inventário a ser comercializado. Essas impressões cresceram 39% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. O preço dos anúncios, porém, teve uma queda de 16%, uma vez que muitos anunciantes também tiveram de rever seus investimentos em marketing e publicidade em meio à pandemia.
O Twitter registrou uma receita de US$ 808 milhões, número acima das expectativas dos investidores. Neste primeiro trimestre, alcançou a marca de 166 milhões de usuários diários ativos (no final de 2019, o Twitter contabilizada 152 milhões de usuários ativos). De acordo com os analistas, esse é o maior crescimento de usuários registrados pelo Twitter desde quando a companhia passou a relatar suas métricas, em 2016.
O faturamento comercial cresceu 3% no trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, em um movimento de retração de verbas por partes das marcas. Analisando apenas o período de 11 a 30 de março, a queda de faturamento publicitário no Twitter foi de 27%. O declínio foi notado, sobretudo, no mercado dos Estados Unidos.